Vou com alguma frequência ao Café Império. Mesmo que a comida não seja nada de especial, o espaço compensa. Fechado durante algum tempo, temeu-se que não voltasse a reabrir com a anterior função o que teria sido lamentável. Felizmente tal não aconteceu.
Integrado no edifício do Cinema Império, um projecto de Cassiano Branco, podemos ver, no interior, numa parede revestida a cerâmica (de Jorge Barradas), uma composição de esculturas de Martins Correia. Na mesma sala e ocupando uma área considerável, uma pintura mural de Luís Dourdil.
Durante muito tempo, sentia-me triste ao olhar para esta obra, de 1955, tal era o seu estado de degradação. Nas últimas vezes que lá estive, porém, pude apreciar muito melhor aquele magnífico trabalho, agora restaurado no âmbito das comemorações do centenário do nascimento do pintor.
Não sei se os estudantes que enchem a sala ao almoço estarão conscientes da importância das obras em causa. Talvez não. Eu sinto-me uma privilegiada por poder tomar uma refeição na sua companhia. Passem lá e vejam. O café ganha muito. Lisboa também.
Tenho que ir ao Café Império! Obrigada
ResponderEliminarTem mesmo, Albertina. A inauguração é a 8 de Novembro, dia exacto do centenário do nascimento do autor, mas a obra já está à vista para a podermos apreciar.
EliminarObrigada pelo comentário.
Hei de ir 'espreitar'. Sabias que o Café do Restelo, na Avenida que desagua na Torre de Belém, ao lado de um antigo cinema do Restelo, hoje um Pingo Doce, é e foi sempre explorado pelos mesmos donos do Café Império? Ambos foram vendidos a um novo proprietário que procedeu a uma certa remodelação de ambos os estabelecimentos. Eu acho que nunca almocei no Império, mas o "bife do Restelo" é e sempre foi delicioso!
ResponderEliminarNão sabia, não. Em relação ao Café do Restelo ainda só lá bebi café e pouco mais. Mas agora, claro, irei lá experimentar um bife. :)
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