Foi assim que Ricardo Araújo Pereira se referiu a ele no Verão de 2012. Nessa altura ainda Miguel Relvas era ministro. Ontem, ainda nem um ano depois da sua demissão, Pedro Passos Coelho apresentou o seu nome como cabeça de lista do Conselho Nacional do PSD.
Um partido é um partido e o PSD, apesar de estar no Governo, é apenas isso. E já sabemos que um partido tem regras e formas de se reproduzir muito próprias.
Mesmo assim, se a escolha do líder do partido não pode ser considerada uma simples teimosia e tem razões que os próprios militantes parecem desconhecer; e muito menos concordar, é a posição de Miguel Relvas que me causa mais estranheza. As "condições anímicas" que, na altura, não tinha para continuar no governo não serão necessárias para este cargo muito mais leve e, além disso, a "vontade própria" que tem de estar num lugar de destaque deve ser, pelo menos, tão forte quanto a que o levou, então, a sair. Mas, mesmo assim, é preciso algum descaramento... Não sei o que, em menos de um ano, o agora regressado terá aprendido mas, a verdade é que a sua resistência não dá mostras de ter diminuído.
Para Passos Coelho poderá não ser um lapso. Para nós é só mais uma prova de que os partidos políticos também têm, tal como as pessoas, "lapsus memoriae".
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