quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Postal ilustrado e em movimento

No seu percurso turístico, Woody Allen passou por Roma. Visitou os monumentos mais importantes; dirigiu actores italianos, uns mais conhecidos, outros menos; deu um papel a uma espanhola que fez bem de italiana; trouxe a Itália alguns actores americanos; fez uma homenagem a alguns realizadores italianos; abordou alguns temas muito actuais de forma crítica; deu-nos a conhecer algumas árias de ópera. Isto chega para fazer um bom filme? Não, nem pensar. 
Uma encomenda que uma entidade ligada ao turismo poderia ter feito. Terá sido o município de Roma a pagar tudo?
Lisboa não será tão cedo um episódio nesta série dedicada às cidades da Europa. Não que não exista interesse. Mas é que a crise torna difícil pagar um postal ilustrado e em movimento deste género.

10 comentários:

  1. Pois, apesar de ser grande fã de W.A. não vi os últimos filmes dele porque deixei de ir ao Cinema.

    beijo.

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    1. Bem, agora os vídeos saem quase em simultâneo, Hugo. :) Mas, para mim, apesar do preço elevado e do pouco tempo disponível, ainda é um prazer ir ao cinema (embora menos do que gostaria).

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  2. Como fã de alguns filmes de WA, tenho pena de ele já não dar mais do que este modelo de negócio, mas, como diria um entendido noutra área do espectáculo, o cinema (indústria) é isto mesmo.
    Como académico interessado nos efeitos dos postais em movimento, digo que sempre é melhor que um spot do Fairy ;) E nem precisa de ser tão eficaz para dar resultados positivos, caso os espectadores do filme nos EUA tenham afinidade com o alvo.

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    1. Tens razão. Mas olha que já vi spots publicitários com um argumento mais consistente que o deste filme. Quanto a atingir o alvo tenho a certeza que o consegue. Eu, pelo menos, fiquei com vontade de voltar a Roma. :)

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    2. Não vou contra-argumentar o teu argumento contra o argumento, apenas dizer que já gostei de filmes sem argumento (e.g. Godard), no duplo sentido, uma vez que acredito que não há argumento quando se gosta mesmo de algo.
      Quando voltares, não te esqueças do adágio «(...) é como ir a Roma e não ver o Leopoldo Pisanello».

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    3. Esse adágio estará sempre desactualizado uma vez que o Leopoldo Pisanello estará sempre a ser substituído por um outro...

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    4. Certo. Mais um motivo para ir a Roma em qualquer altura, porque esperar pela substituição de um Papa leva o seu tempo...

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    5. Ora aí está um filme bem mais interessante. Mas eu sou suspeita porque gosto de quase todos os filmes do Nanni Moretti. :)

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  3. Ana,

    Eu vi também este seu filme :). Sou um fã de Woody Allen desde o remoto "Inimigo Público nº 1" que vi no ex-Cinema Águia d'Ouro do Porto, hoje um hotel B&B, na Batalha! Foi um espanto aquele filme, e depois todos os outros.

    Roma é lindíssima, e aquela actriz, espanhola, - Penélope Cruz, é assim que se chama? -, é de uma beleza espantosa!...

    No entanto, se comparar este "filme-postal" de Roma, com aqueloutro do "Paris by the Midnight", não tenho dúvidas que este último é muitíssimo mais interessante... Talvez porque me lembra, os meus próprios dias de estudante, há muitos anos, na Cidade-Luz! :), até na própria problemática do enredo, :))

    Abraço,
    Vasco

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    1. Concordo com a opinião relativa à comparação entre os dois filmes. Eu nem tenho nada contra os "filmes-postal". Só acho que, no caso de Woody Allen, não seria estranho esperarmos mais do que isso.

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