Não, não gosto de dramalhões, como sugeriu uma amiga, quando lhe disse que tinha gostado muito do filme de Kenneth Lonergan, Manchester by the sea. O dramalhão exagera determinada situação da acção, tornando-a praticamente a única, levando-nos à exasperação. E não é isso que acontece neste filme. Esta é uma história dramática, sim, mas simples e bem contada. Os acontecimentos que marcam as personagens são realmente devastadores mas a acção não se centra neles mas nas respostas e nos comportamentos que não são capazes de controlar ou que conseguem demonstrar perante a adversidade. Ver um actor, como é o caso de Casey Affleck, conseguir mostrar-nos tanta dor daquela forma tão contida mas tão forte é algo que, na minha opinião, faz deste um filme intenso. A ver, portanto.
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