quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mimos no Facebook

As minhas filhas, como quase todos os adolescentes, usam e abusam do Facebook. Aldrabam a idade e lá ficam prontos para entrar nesse mundo virtual onde os amigos se ganham às dezenas por dia. Além da partilha de vídeos e fotos e da escrita de comentários mais ou menos desinteressantes não há muito para dizer das actividades. Mas uma coisa salta à vista: a facilidade com que, a propósito de tudo e de nada, declaram a colegas e amigos que os amam. Uma foto em que estão juntos, um vídeo de que gostam em comum são pretextos para trocas de mimos, à medida da inocência que ainda têm. E nem sempre se escudam no inglês. Não, é mesmo em português. Mais ou menos sentidas, essas declarações são enternecedoras. Provavelmente elas não serão repetidas ao vivo. Mas, só o facto de serem escritas essas palavras, utilizadas essas expressões, tantas vezes apelidadas de ridículas até entre os mais velhos, pode ser um treino que se revele precioso mais tarde. Assim seja... 

7 comentários:

  1. eu confesso que acho aterrador.
    gostar e "desgostar" por isto e por aquilo e por nada...
    que amizades são estas?
    virtuais e numerosas (para mim significa muita parra e pouca uva ... mas no caso do fb desconfio que uva, nem vê-la!)

    mas, claro, confesso também que sou mesmo contra o fb...

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  2. Dois comentários bem diferentes. Eu penso que é, de facto, uma nova forma de comunicação, como diz a Ana Paula. Mas também compreendo a posição da Maria. O importante é entender o FB como ele é, sem lhe atribuir a importância que ele não tem. Eu não sou "mesmo contra" mas tenho uma conta à qual não ligo muito. Só vou lá quando tenho mensagens e pouco mais...

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  3. Então deixa cá treinar: amo o teu blogue.

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  4. Aqui está bem. Mas vê lá, não vás pôr isso no FB! ;)

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  5. O facebook na adolescência é por certo
    muito diferente de na idade adulta.
    Por causa da ingenuidade.

    A dificuldade ou a reserva que ocorre
    mais tarde na vida, impõe-se pela
    desigualdade dos interlocutores
    a aconselhar comunicação
    diferenciada.

    Por isso, o facebook, para quem não tenha
    a inclinação pessoana de múltiplos heterónimos
    não é meio conveniente para conversar livremente.

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  6. Tens razão. Existem diferenças, claro. Mas olha que eu tenho visto muita gente a comportar-se como adolescente. E nesse mundo nem os heterónimos estão a salvo tal é a "promiscuidade".

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