Nesta pausa forçada de alguns dias sobrou-me o tempo para, de comando na mão, percorrer canais e mais canais de televisão que, de outra forma, nem conheceria, apesar de já ter ouvido falar deles. Pois: eu sou daquelas pessoas a quem os canais também sobram. Apesar dos disponíveis serem em número considerável (sempre o mínimo dos pacotes das ofertas das empresas) raras são as vezes em que passo para lá dos primeiros 5 ou 6. As tentativas para me convencerem a pagar mais canais provocam-me sempre um sorriso complacente...
Nos canais norte-americanos a quantidade de séries que exploram a temática do crime, do dia a dia de polícias é imensa. Há para todos os gostos. Ou melhor: quase para todos os gostos. Porque, herdeiros dos protagonistas de "Modelo e Detective" (série que não perdíamos na década de 80 do século passado), também os personagens destas séries são todos muito jovens, bonitos, atléticos, inteligentes, bem vestidos. Ufa! Que enjoo! Certamente não vi tudo. Mas não encontrei nada do género "Hill Street Blues"(também dos anos 80 do séc. XX) onde, a par de algum brilho do capitão Furillo e da defensora pública Joyce Davenport, sentíamos alguma empatia com polícias de carne e osso que nem sempre tinham o uniforme limpo ou os sapatos a combinar com a roupa. Mas também já nem uma "Roll-call" eu vi. Deve ser tudo por tele-conferência.