Não estava mais ninguém na estação àquela hora. A quantidade de cartões verdes que tinha comigo não ajudava a ser rápida na compra do bilhete de comboio que me levaria a Lisboa nesse princípio de noite. De repente um homem, cujo andar demonstrava o que já tinha bebido, aproximou-se e disse-me que queria apanhar o comboio. Ao princípio não o percebi. Mas depois entendi que o dinheiro que tinha não lhe chegava para o bilhete e queria passar atrás de mim, quando a cancela se abrisse. Disse-lhe que sim.
Perante a minha demora em atinar com o cartão e os trocos ele atirou:
- Vá lá, depressa, que eu quero ir para casa!
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