É como tu dizes, devia de novo partir.
Nunca fui feliz numa casa.
Nunca fui feliz em família.
Nunca senti saudades, quando estava
só e distante. Toda a maravilha
do mundo para mim era o passeio
alto sobre o mar quando, com os livros da escola
numa pasta, com passo rápido
andava, e inspirava o vento
da cor do sal e das piteiras
e fingia dar a mão
a uma rapariga: a maravilha, a raça
forte dos sonhos, os livros, o cinema,
as longas viagens de comboio,
as longas travessias da alma
mas nunca as paredes de uma casa, nunca.
traduzido do italiano por Clara Rowland in No Cais da Poesia 2 Antologia, Organização de Manuela Júdice, Teorema, 2006, pág. 59
Não conhecia. É um belissímo poema.
ResponderEliminarSem dúvida, Carlos.
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