quinta-feira, 16 de abril de 2015

Os clássicos podem ser fixes?

Há uns dias atrás, Francisco José Viegas colocava esta questão. Não é fácil chegar a uma conclusão. Ou porque somos um país onde a qualidade e a quantidade de clássicos torna difícil a escolha, ou porque muitos portugueses, infelizmente, não conseguiriam votar tendo uma opinião fundada. Ou pelas duas coisas e outras ainda.
Curiosamente esta semana, numa fila no supermercado, deparei-me, junto às caixas, com um livro infantil que me suscitou sentimentos opostos. 

                                                     Imagem retirada daqui.

Se, por um lado, me parece que pode ser uma forma de divulgar junto das crianças algumas informações sobre escritores fundamentais do nosso país; por outro, o adjectivo usado não me convenceu. Claro que a palavra fixe pode ser utilizada como sinónimo de algo que agrada e tem qualidades positivas mas quando a ouvimos não deixamos de pensar em "porreiro". É certo que já tivemos um presidente fixe. Mas a utilização deste termo fará sentido quando falamos de escritores e das suas obras? Almeida Garrett é fixe? E Florbela Espanca será?  

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