domingo, 28 de junho de 2009

Mais três recordes no Guinness para Portugal!

Apesar das vozes que já se manifestaram contra o "evento", a realização de um "mega-piquenique" no Parque da Bela Vista em Lisboa, organizado por uma cadeia de supermercados da Sonae Distribuição, e que incluía um concerto de Tony Carreira, permitiu que fossem batidos nada mais, nada menos do que três recordes, todos eles certificados pelo guinness book of world records.
  1. Mais de 22 mil "piquenicantes"
  2. Maior aplauso do mundo
  3. Maior caixote de lixo do mundo

Digam lá se esta notícia não vos deixa orgulhosos?

sábado, 27 de junho de 2009

"A senhora não quer uma caneta do Pato Donald?"

Há já algum tempo que não os via. Hoje encontrei-os por duas vezes. De manhã, ele e a sua "companheira", como gosta de lhe chamar, estavam sentados na estação, não nos bancos (nunca os vi sentados nos bancos), mas na zona mais baixa do muro que ladeia o acesso às plataformas. Estavam a fumar, com uma enorme calma, vestidos como se estivessem já à espera do Outono.

"Estamos inscritos no serviço nacional de emprego como dois sem abrigo", como se tal condição fosse uma profissão, informava ele, ao final da tarde, no comboio, mas, "para podermos sobreviver, sem roubar, vemos-nos obrigados a vender canetas do Pato Donald e carteirinhas para o passe..." Ele não pára de falar. Ela apenas percorre a carruagem à sua frente, mostrando os artigos, sussurrando qualquer coisa que não se chega a perceber o que é, indiferente aos olhares que se detêm na sua barba que, de tão grande, suscita comentários e algumas risadas.

Na carruagem em que eu estava não venderam nada. Mas ainda há mais carruagens à frente...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

1958-2009

(imagem em pochettescd.free.fr/images/m/Michael_Jackson_...)


Esta noite, alguns sites e algumas televisões noticiam que Michael Jackson terá falecido devido a paragem cardíaca. Tinha 50 anos e um percurso de vida que mesmo os antigos fãs deixaram de acompanhar por não compreenderem as suas opções relativas ao seu corpo e ao seu modo de vida.

Também eu (tal como milhões de pessoas em todo o mundo), em 1982, comprei este álbum e dancei imenso ao som destas canções.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

"Ai Portugal... não te deixes assim vestir"

Miguel Júdice afirmou ontem, no programa "Prós e Contras" da RTP sobre turismo, que "Portugal precisa vestir uma mini-saia" para se tornar "mais sexy e atraente".
Será que Miguel Júdice não quer aumento de concorrência para a sua quinta de charme, onde D. Inês (que não consta que usasse mini-saia, mas mesmo assim era considerada "sexy e atraente") terá derramado as últimas lágrimas?
Se os responsáveis pelo turismo tiverem a mesma opinião, a estratégia, seguida um pouco por todo o país, de criação de hotéis de charme, terá que ser repensada. É que parece-me que hotéis de charme combinam melhor com vestidos compridos do que com mini-saias!

A pergunta e a resposta

Duas senhoras, com cerca de 60 anos, que não pareciam frequentar, com assiduidade, locais onde habitualmente se expõem obras de arte, estavam paradas frente a esta(s) obra(s), no início da R. do Alecrim. Uma delas perguntava: mas para que é que isto serve?
Respondo eu: serve para duas senhoras, com cerca de 60 anos, que não parecem frequentar, com assiduidade, locais onde habitualmente se expõem obras de arte, pararem, observarem e perguntarem para que é que aquilo serve!

Boas notícias

Polémica à parte (os números ultimamente têm-se discutido muito) a diminuição do número de mortes, na estrada, em Portugal, parece ser uma realidade! É claro que, para tal, muitos factores têm contribuído: a renovação do parque automóvel, a melhoria da qualidade das estradas (o aumento do n.º de autoestradas pesa muito aqui), a melhoria na sinalização, o aumento efectivo do controle por parte das autoridades... Mas parece-me, sobretudo, que há uma mudança de atitude dos automobilistas que percebem que o seu papel é fundamental. Claro que o aumento desta consciência não está presente em todos os que conduzem (os que, por terem automóveis que dão 250 Km/h, circulam na estrada como se estivessem no seu autódromo particular, não serão, com certeza, um exemplo)!
De qualquer forma parece-me que há razões para estar moderadamente contente.

Crónica de um elogio anunciado

António Peres Metello tem, há alguns anos, uma crónica diária na TSF, "Economia dia-a-dia ", na qual, em pouco mais de um minuto, fala de temas actuais da economia, claro! Por ter, normalmente, o rádio ligado a essa hora costumo ouvi-la. O aspecto positivo desta crónica prende-se com a linguagem acessível que permite uma rápida compreensão de temas que, por vezes, são um pouco áridos.
No entanto, a defesa, às vezes mais velada, mas quase sempre óbvia, das iniciativas de determinado partido, que agora é governo, sempre foi uma constante. Ouçam-se algumas crónicas ao acaso. Hoje, mais uma vez, a propósito da inauguração, em Mira, de uma unidade de produção da Pescanova, os comentários, de apenas um sentido, foram tão gritantes que a crónica me irritou. Parecia que estávamos a ouvir o próprio ministro! Já era tempo de a TSF, ou alguém, dizer ao Dr. Peres Metello que já ninguém o atura naquele papel de economista do regime!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Elogio do Inverno

Pois é mesmo hoje, na primeira noite do Verão, a mais curta do ano, que me apetece defender uma estação que, com frequência, se ouve dizer que se detesta. Não me interpretem mal! Eu gosto do Verão. Na verdade sou daquelas pessoas para quem todas as estações do ano têm algo de positivo. Aliás só assim se poderia apreciar determinados aspectos que caracterizam cada uma. Mas não vejo qualquer vantagem nos excessos meteorológicos e, no caso do Verão, o excesso de calor deixa-me de rastos! Não percebo como, com as temperaturas que têm feito, se pode estar bem.
Ora, no Inverno, podemos sempre vestir mais uma camisola e um casaco sem que a dificuldade em respirar nos afecte. Nem vou falar agora dos benefícios óbvios do tão maltratado "mau tempo".
Eu gosto da chuva, não para ficar em casa a olhá-la da janela, mas para passear. As ruas da cidade ficam mais brilhantes, as pessoas aceleram mais o passo, os chapéus de chuva cruzam-se. Apetece-nos entrar num café e beber um chá quente e conversar.
A noite chega mais cedo e esconde algumas coisas mas revela outras a quem, a maior parte das vezes, vai directamente do trabalho para casa e só volta a sair no dia seguinte. As luzes, que se acendem também mais cedo, com a chuva, ganham outros reflexos.
Já sei que os argumentos a favor do "bom tempo" são imensos... mas vá lá, tentem ser mais neutros e não vejam só os aspectos positivos de um e negativos de outro.

domingo, 21 de junho de 2009

Outra noite quase perfeita

Não cheguei cedo o suficiente para ficar num lugar em que pudesse tirar boas fotografias e por isso as que tenho não fazem jus ao magnífico ambiente que se viveu, na noite de 19, na Casa da Pesca do Palácio Marquês de Pombal, em Oeiras. O cenário não podia estar mais belo. Eu não gosto especialmente de fado mas abro algumas excepções e Camané, acompanhado por guitarra portuguesa, viola dedilhada e contrabaixo e que "jogava em casa", já que, como fez questão de dizer, Oeiras é a sua terra (nasceu no mesmo local e no mesmo ano que eu), foi sublime! O único senão, para mim, foi o público que, apesar da temperatura alta que se fazia sentir, me pareceu, no final, um pouco frio, não obrigando a outro encore o que deixou água na boca!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Instantes

Há determinadas imagens a que, se estivermos atentos, nos prendemos. Às vezes elas ficam apenas na nossa cabeça, ou por não termos máquina fotográfica connosco, ou porque nos parece que o seu registo fotográfico iria incomodar o retratado. É o caso destas duas:
  • Pela hora do almoço, um aparente sem abrigo e, também pela aparência, não português, instalado, com os seus haveres, num banco no jardim do Príncipe Real, consultava um dicionário de bolso.
  • Na estação do Cais do Sodré, em plena hora de ponta, uma rapariga sentada no chão de uma das plataformas, sem sapatos, pintava as unhas dos pés de vermelho.

Erro de colocação?


Era esta a imagem que se via num mupi, hoje, na estação de metro dos Restauradores.

Pelos vistos, José Eduardo Moniz, com os sentimentos às avessas na TVI, não arriscou lidar com os sentimentos dos milhares de sócios do Benfica. Ou teria sido receio de ser entrevistado no jornal de 6.ª feira da sua televisão, cuja jornalista responsável parece não gostar especialmente de benfiquistas que, num futuro próximo, serão candidatos em eleições?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

As amarguras de uma benfiquista

São estes os candidatos à presidência do Benfica?

Luís Filipe Vieira, que continua acompanhado por Fernando Seara, promete mais do mesmo, trocando a boa figura e a calma de Quique Flores por Jorge Jesus cujo melhor resultado de uma equipa sua, na Liga, foi um 5.º lugar. Esperemos que consiga comunicar melhor com os jogadores, no campo, do que nos meios de comunicação social. (Uma coisa é certa: se os resultados não nos fizerem rir, pelo menos os seus comentários farão!)

A propósito:


Mas se Vieira tem Jesus do seu lado, Bruno Carvalho, o outro candidato, dispensando Jesus, quer ganhar terreno aproximando-se do céu. Para isso nada melhor do que fretar um avião para oficializar a sua candidatura! Veremos se não subiu demais!
Parece que ambos apelam para o além! Será que já não encontram salvação, para o clube, aqui na terra ?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Uma pequena vitória

O Estádio Nacional, localizado no concelho de Oeiras, é mais do que o estádio propriamente dito. Ele engloba diversas áreas, algumas ligadas a desportos em particular, outras sendo apenas de utilização livre. Ora é exactamente numa dessas áreas que o Instituto de Desporto de Portugal, em parceria com o Instituto de Turismo de Portugal e a Federação Portuguesa de Golfe querem implantar um campo de golfe de 18 buracos, que irá ocupar uma área de 22 hectares, com um custo de construção previsto de 6 milhões de euros! A pista de corta-mato desaparecerá e a área será vedada pelo que a população em geral deixará de ter acesso a esses terrenos.

Para além disto as obras, que já começaram, implicam o derrube das árvores que aí existem para não falar dos gastos com água para manter mais um campo de golfe. E o rio Jamor?

Foi com muitas dúvidas e poucas respostas que "um grupo de amigos do estádio nacional" decidiu fazer alguma coisa! Para já foi entregue no tribunal uma providência cautelar, que foi aceite hoje pelo que, até ser julgada, as obras estarão suspensas.

Este movimento é importante e demonstra que há cidadãos interessados em defender a possibilidade de todos usufruirmos de um espaço que foi criado exactamente para todos.

Por morar muito perto, muitas horas da minha infância foram passadas no Estádio Nacional. Mais tarde, foi aí que iniciei a minha vida profissional, enquanto técnica da Divisão de Habitação da Câmara Municipal de Oeiras, que libertou aquela zona das casas pré-fabricadas e barracas que existiam naquele local.

Algumas áreas do Estádio Nacional, aparentemente por questões de segurança, foram já vedadas há anos. Pelos vistos, por este andar, prevê-se que, no futuro, o acesso seja tão restrito que poucos tenham o prazer de dele desfrutar.

No entanto, não posso deixar de pensar que a ideia de o subtrair a uma utilização mais alargada tenha a ver, também, com a percepção que as entidades agora envolvidas no processo terão, ao verificar que, na maior parte do tempo, mesmo durante o fim de semana, não se vê vivalma. De facto, os hábitos de lazer das populações, mesmo as que residem perto, não incluem passar algum tempo neste espaço. E aí todos nós temos uma quota parte de responsabilidade. Eu própria faço mea culpa.

Mas também é verdade que o papel das entidades públicas, em casos destes, deverá ser a criação de estratégias para levar mais gente a usar estes espaços e não, a enormes custos para todos, torná-los acessíveis apenas a alguns!

domingo, 14 de junho de 2009

Flutuar em noite de Santo António

Apesar das sardinhas estarem com um ar convidativo foi o concerto de Susana Félix que nos levou ao recinto da feira onde se desenrola parte das festas do concelho de Oeiras. O concerto foi muito bom. Os músicos que a acompanharam são fabulosos.
As minhas filhas estrearam-se nos pedidos de autógrafos a músicos (na feira do livro tinham conseguido autógrafos de uma das autoras da colecção Aventura). O seu ar de satisfação ao olharem para o disco autografado é muito engraçado!

Gosto de partilhar com elas este gosto por esta voz e por canções como esta:

sábado, 13 de junho de 2009

Variações de António (2)


(imagem em http://www.pmf.sc.gov.br/)

Deste outro António, Fernando António, poeta de nomes vários, sabemos que nunca se revelou para além da sua imagem de modesto empregado de escritório.
Provavelmente porque a sua vida interior, onde se cruzavam tantas personagens, era tão intensa que não deixava tempo e espaço para a que vivia.

Do Cancioneiro:

Tenho tanto sentimento

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Variações de António (1)

(imagem em blitz.aeiou.pt)

"Estava eu a pensar agora em ti
E tu aqui"

Eu era ainda muito criança para perceber o alcance da figura que se vestia de forma distinta de todos os outros, como que a querer chamar a atenção, mas, ao mesmo tempo, tão tímida. No entanto a sua aparição no "Passeio dos Alegres"(obrigada Júlio Isidro) e noutros programas de televisão e as suas músicas, dançáveis e simultaneamente com textos profundos, não me deixavam indiferente. Nem a mim nem a muitos que lhe admiraram a coragem de se mostrar como era.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Corpus Christi

Celebrou-se hoje um feriado que para muitos, mesmo para alguns que se dizem católicos, levanta sempre a questão: mas que feriado é este? (Esta pergunta foi-me colocada por algumas pessoas, incluindo as minhas filhas - actualmente com 9 e 10 anos). Bem, para uma resposta rápida, pode-se consultar a Wikipédia. Mas o que me faz pensar sobre este dia e outros, associados a festividades que a Igreja Católica comemora, é exactamente o seu peso na vida dos que a ela se consideram ligados. Daqui poderá partir-se para um tema inesgotável mas lembrei-me disto a propósito de um pequeno artigo que li há uns meses no Expresso em que se falava do "paradoxo do ateísmo" e cuja frase final (de Ernst Bloch) nos dizia que "Só um ateu pode ser um bom cristão, só um cristão pode ser um bom ateu". Ultimamente tenho pensado bastante na questão da educação religiosa. Tendo tido uma educação católica (concretizada até à primeira comunhão), apenas posta em causa aos 14 anos, optei por uma postura de compromisso familiar tendo baptizado as minhas filhas, mas sem dar qualquer seguimento à sua educação religiosa. E a questão, de há uns anos para cá, é colocada por elas próprias, quer por influência da avó materna, que lhes ensina algumas orações, quer por alguns colegas que frequentam a catequese na igreja católica, na evangélica ou outras. A vontade de saber e de participar em alguns ritos é grande e nem sempre as minhas explicações as satisfazem. O facto de termos assistido, por insistência delas, à primeira comunhão de alguns colegas é um exemplo. Isto leva-me a pensar que talvez não tenha feito a opção mais correcta e que a escolha de seguir ou não os ensinamentos de uma religião deveria ser feita por elas, tendo como base alguns desses ensinamentos, pois só conhecendo-os poderiam concordar ou discordar deles. Tenho algum receio de que o facto de não terem participado, nesta fase do crescimento, em algo que remete para os temas mais afastados da vida quotidiana leve a interessarem-se, mais tarde, de uma forma mais forte, mas menos correcta, por estas questões.

Um presidente que leva à letra o verso de Camões:

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"
Mas não é só o tempo que explica a mudança de vontades!
Segundo fonte oficial foram os "entraves burocráticos" que impediram, na altura, a atribuição da pensão requerida por Salgueiro Maia.
"...quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui." Salgueiro Maia disse estas frases na madrugada do dia 25 de Abril de 74, na parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, antes de seguir para Lisboa. Provavelmente não pensou em possíveis entraves burocráticos (nem de outro género)!

No dia de Portugal e de Camões


Num dia de Portugal longe de ser perfeito, em Lisboa, junto à estátua do poeta, o ambiente era quase perfeito!










A propósito do último post

Ouvi dizer que saiu um novo disco dele. Será boato?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Magnífica versão

O som não é o melhor mas a inquietação que nos transmite faz esquecer tudo!

domingo, 7 de junho de 2009

Eleições - Um perde. Outros ganham. E a maioria?

Já está quase tudo definido a esta hora. Em Portugal o PS perde as eleições europeias. Há vários partidos que ganham, uns à direita, outros à esquerda. A pergunta que se impõe é: e a grande maioria dos que não foram votar, fizeram-no para mostrar que estão descontentes, ou porque acham que está tudo bem como está?
E no resto da Europa, a tendência para os partidos de direita levarem a melhor (parece que até Le Pen vai voltar ao parlamento!) significa o quê? A punição dos partidos do poder poderia ser uma explicação. Ela é válida em alguns casos. Mas e, por exemplo, nos casos da França e da Itália? O próximo parlamento europeu será melhor ou pior que o anterior? São os futuros deputados que o irão decidir. Casos de "cromos", por essa Europa, que vão para Estrasburgo não faltam. E quem vai dar por isso? Por enquanto, parece-me que a maioria dos europeus não está minimamente interessada no assunto.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia(s) de Reflexão

Debate-se, actualmente, a necessidade de ser cumprido o dia de reflexão na véspera da realização de actos eleitorais. A sua observação faria mais sentido se, de facto, ele servisse para reflectir. E motivos de reflexão não faltam! Um deles é, pensando em termos europeus e não meramente nacionais (e porque as eleições europeias são já no domingo), o avanço das ideias e do peso, nos parlamentos dos vários países, dos partidos da chamada extrema-direita (os primeiros resultados na Holanda apontam para isso mesmo). Sim, por incrível que pareça a quem aprendeu a considerar como actos passados, findos, as atrocidades cometidas pelos seguidores destas ideias na Europa, elas ganham novamente terreno; terreno deixado livre pelos descrentes em relação às capacidades dos políticos actuais para dar resposta às necessidades das populações, cada vez mais afastadas da política. Por esta e muitas outras razões não devemos deixar de votar pensando que o nosso voto não fará qualquer diferença. Claro que fará diferença!
Pessoalmente continuo a sentir orgulho, apesar de alguns pesares, quando, em dia de eleições, ouço o meu nome lido na mesa de voto. Os cadernos eleitorais têm os nomes dos que podem fazer a diferença: todos nós.

4 Junho 1989 - Um dia mais-que-imperfeito

Não foi há 20 anos! Foi hoje! Enquanto a versão oficial chinesa falar em "incidente" o massacre de Tiananmen acontecerá todos os dias. Ouvi hoje um jornalista falar em vergonha (do regime chinês ao aceitar que errou). Será, mas é muito mais que isso pois as perseguições, a quem de alguma forma quer denunciar e aprofundar tudo o que aconteceu naqueles dias, continuam!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A ligação ao mundo

Banalizou-se o uso de headphones para audição de todo o tipo de sons que são transmitidos por aparelhos diversos. É um facto que podermos estar em qualquer sítio a ouvir, por exemplo, a nossa música favorita é óptimo. Já é, no entanto, discutível partilhá-la com outros quando o volume está tão alto que "salta" para fora obrigando-os a ouvir sem o quererem fazer. Esta atitude é, muitas vezes, voluntária pois sentimo-nos bem ao saber que os outros ouvem o que nós gostamos de ouvir (como quando vamos de carro e abrimos as janelas e levantamos o volume ou quando fazemos o mesmo em casa).

Mas o que me leva a não utilizar headphones, por exemplo na rua ou em transportes públicos, é que isso me obriga a perder o contacto auditivo com o mundo mais próximo que me rodeia. Poder ouvir os sons que chegam do exterior, sobretudo as conversas que se desenrolam à minha volta, é um prazer de que não quero abdicar.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Lhasa de Sela

Tenho um disco novo! E que disco! Depois dos dois anteriores concluímos que a simplicidade desta autora e cantora comove-nos sempre! Aqui fica uma pequena(?) amostra.




Vale a pena visitar o site que é visualmente muito belo e onde nos podemos perder nas palavras e nas imagens de um bom gosto e profundidade únicos.

Concerto Here and Now Lisboa

As expectativas não eram muitas e não foram ultrapassadas. O som que se ouve normalmente no Pavilhão Atlântico não é bom e desta vez não foi excepção. O público, que faltava no início do espectáculo, o que prejudicou os Curiosity Killed the Cat, apareceu depois mas não foi o suficiente para o transformar na "Festa dos Anos 80". É caso para dizer que a febre dos anos 80 não estava muito alta. Mas isso foi até bom para quem, como eu, dançou do princípio ao fim pois o espaço disponível permitiu umas coreografias menos contidas.
Os melhores da noite foram, sem dúvida, Kim Wilde e Nick Kershaw. Para mim foi uma pena o último ter sido o Rick Astley porque, se já à partida, não me interessava muito, a sua actuação foi, sem dúvida, pimba... Mas enfim, na minha qualidade de ex-adolescente dos anos 80, diverti-me bastante.